O grande problema, actual, da sociedade ocidental é o nível de desemprego saltar para números impensáveis. A solução que os políticos e analistas nos martelam, todos os dias pelos meios de comunicação, é o crescimento económico com base nas exportações, porque o estado não tem dinheiro para investir nem para contratar funcionários.
Esta solução tem como base o pensamento da ciência económica ensinado nas mais conceituadas escolas de economia mundiais, a chamada economia ortodoxa, que moldam o discurso quer dos políticos da chamada “direita” quer dos políticos da chamada “esquerda”.
Porém, o problema também pode ser visto de outra perspectiva. O pensamento de uma das escolas de economia heterodoxa mostra-nos a situação mais crua, mais cruel e radical cuja solução é a sociedade mudar de paradigma. Propõe-nos um choque de mentalidade: o fim da sociedade de trabalho.
É um artigo de autoria de António Guerreiro publicado em 2 de Junho último pelo Semanário Expresso. É interessante, mesmo que não concordemos com ele, pois mostra a pluralidade de produção do pensamento humano sobre um tema transversal a toda a sociedade. Este artigo peca por não demonstrar como é possível uma sociedade “não produtiva” sobreviver e manter os mesmos níveis de vida que tem, ou será que esta objecção só faz sentido porque o meu pensamento ainda está estruturado numa sociedade de trabalho? Bem, um dos erros crassos das sociedades ocidentais foi a desindustrialização e a aposta nos serviços. Será que as sociedades pós industriais serão tão produtivas que a diminuição do número de horas de trabalhos por pessoa, de modo que mais gente tenha trabalhos, seja sustentável? Leiamos o artigo então:
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